segunda-feira, 18 de abril de 2016

Entre o perdão e a permissão: Por toda a culpa que carregamos por sermos quem somos

Eu não queria escrever mais sobre isso, dá a entender que ainda importa muito, mas na verdade importa menos do que antes, mas mesmo assim, por ser um assunto velado por tanto tempo à mim mesma, eu preciso escrever.
Recentemente aprendi que todos nós temos escolhas, não importa o quão dura for a surra que a vida nos dá, não importa as experiências negativas que tenhamos adquirido. SEMPRE, sempre há escolhas.
É sobre isso que gostaria de escrever, porque nós podemos – na verdade acredito até que devemos – compreender as razões que levam as pessoas a fazer o mal que nos fazem ou que fazem a outrem, devemos compreender os motivos e perdoar as ações, afinal, ninguém dá  que não tem para oferecer, não podemos cobrar amor daquele que sempre escolheu o caminho do ódio, não podemos cobrar sentimentos bons daqueles que sempre preferiram alimentar os sentimentos ruins.
Entretanto, perdoar e permitir são coisas diferentes.
Devemos perdoar as pessoas e a nós mesmos, perdão não é sentimento, perdão é decisão. Devemos perdoar não por sermos bons ou por sermos melhores, mas para nos livrar das energias negativas.
Perdoar é conseguir olhar o outro e lhe desejar boa sorte no caminho, mesmo que não queiramos mais esta pessoa do nosso lado, é compreender os motivos dele e desejar que mais cedo ou mais tarde a vida lhe dê motivos para ser melhor.
Mas isso não significa que você deva permitir que este alguém invada a sua vida e a bagunce novamente. Muitas vezes nós nos confundimos, e por isso perdoamos os erros das pessoas e damos a ela novamente espaço para que venham e nos magoem de novo.
A vida nos dá sinais para que possamos entender onde devemos melhorar, por isso às vezes confundimos essa vontade de o outro não fazer mais parte da nossa vida com sinal de falta de bondade, e não é isso.
Se a pessoa não lhe faz bem, mesmo que ela tenha os motivos dela para ser daquele jeito, você não deve se culpar por não querê-la por perto, se ela tem problemas ela que vá procurar um jeito de ser melhor ou pessoas que gostem e a aceitem como é. E isso tem mais a ver com ela do que com você.
Uma coisa é você oferecer ajuda a alguém com problema e a pessoa aceitar. Outra coisa bem diferente, é uma pessoa ser problemática e por isso se tornar prejudicial às outras que estão por perto, espalhando energia negativa só por que ela não sabe oferecer algo diferente. Não é seu dever ajudar quem gosta mesmo é de se atrapalhar.
Lembra como começamos o texto: a vida sempre nos dá escolhas, somos nós que escolhemos o que queremos ou não para a nossa vida, o que espalhamos ou não para as pessoas ao nosso redor.

Portanto, escolhamos espalhar o amor, não importa o que a vida nos reservar, porque quando espalhamos amor fica muito mais fácil suportar qualquer peso. E se os outros escolherem outros sentimentos para espalhar, eles que arquem com suas consequências e nós que arquemos com as nossas.

0 comentários:

Postar um comentário

 
;