Eu não queria escrever mais sobre isso, dá a entender que ainda
importa muito, mas na verdade importa menos do que antes, mas mesmo assim, por
ser um assunto velado por tanto tempo à mim mesma, eu preciso escrever.
Recentemente aprendi que todos nós temos escolhas, não importa o quão
dura for a surra que a vida nos dá, não importa as experiências negativas que
tenhamos adquirido. SEMPRE, sempre há escolhas.
É sobre isso que gostaria de escrever, porque nós podemos – na verdade
acredito até que devemos – compreender as razões que levam as pessoas a fazer o
mal que nos fazem ou que fazem a outrem, devemos compreender os motivos e
perdoar as ações, afinal, ninguém dá que
não tem para oferecer, não podemos cobrar amor daquele que sempre escolheu o
caminho do ódio, não podemos cobrar sentimentos bons daqueles que sempre
preferiram alimentar os sentimentos ruins.
Entretanto, perdoar e permitir são coisas diferentes.
Devemos perdoar as pessoas e a nós mesmos, perdão não é sentimento,
perdão é decisão. Devemos perdoar não por sermos bons ou por sermos melhores,
mas para nos livrar das energias negativas.
Perdoar é conseguir olhar o outro e lhe desejar boa sorte no caminho,
mesmo que não queiramos mais esta pessoa do nosso lado, é compreender os
motivos dele e desejar que mais cedo ou mais tarde a vida lhe dê motivos para
ser melhor.
Mas isso não significa que você deva permitir que este alguém invada a
sua vida e a bagunce novamente. Muitas vezes nós nos confundimos, e por isso
perdoamos os erros das pessoas e damos a ela novamente espaço para que venham e
nos magoem de novo.
A vida nos dá sinais para que possamos entender onde devemos melhorar,
por isso às vezes confundimos essa vontade de o outro não fazer mais parte da
nossa vida com sinal de falta de bondade, e não é isso.
Se a pessoa não lhe faz bem, mesmo que ela tenha os motivos dela para
ser daquele jeito, você não deve se culpar por não querê-la por perto, se ela
tem problemas ela que vá procurar um jeito de ser melhor ou pessoas que gostem
e a aceitem como é. E isso tem mais a ver com ela do que com você.
Uma coisa é você oferecer ajuda a alguém com problema e a pessoa
aceitar. Outra coisa bem diferente, é uma pessoa ser problemática e por isso se
tornar prejudicial às outras que estão por perto, espalhando energia negativa
só por que ela não sabe oferecer algo diferente. Não é seu dever ajudar quem
gosta mesmo é de se atrapalhar.
Lembra como começamos o texto: a vida sempre nos dá escolhas, somos
nós que escolhemos o que queremos ou não para a nossa vida, o que espalhamos ou
não para as pessoas ao nosso redor.
Portanto, escolhamos espalhar o amor, não importa o que a vida nos
reservar, porque quando espalhamos amor fica muito mais fácil suportar qualquer
peso. E se os outros escolherem outros sentimentos para espalhar, eles que
arquem com suas consequências e nós que arquemos com as nossas.
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