Fonte: @giselegalan_coachlpc |
Às vezes a vida bate tão forte que a gente fica sem ar
por alguns segundos, ficamos tentando buscar algo para inspirar, mas é como se
os nossos pulmões estivessem bloqueados, como quando se leva um soco no
estômago e o ar não passa porque o diafragma e o estômago ficam tão compridos
que impedem a sua passagem.
Nessa hora a gente não consegue revidar, sabe? Às vezes
as coisas simplesmente acontecem, nos acertam em cheio e a única coisa que
conseguimos fazer é: coisa nenhuma, ficamos lá parados, tentando recuperar o
fôlego desesperadamente, mas o nosso corpo não responde. Simplesmente não
responde.
Em geral isso acontece quando o problema nos acerta em
cheio, mas ele não é nosso, e não sendo nosso não está em nossas mãos
resolvê-lo. Então nos perguntamos o que podemos fazer?
É necessário ter uma dose muito grande de resiliência
diante de determinadas situações, é necessário conseguir passar pelo estresse
sem liberar nossos instintos, nossa revolta, nossa dor. E então, conseguir
respirar novamente, no primeiro momento o ar invade nosso corpo de forma tão
violenta, que ele queima o espaço por onde ele passa. Dói porque estamos tão
necessitados e tão despreparados para recebê-lo de volta que é quase um choque
o encontro do ar com nossos pulmões.
Mas, inspiramos e expiramos várias vezes, controlando
nossa respiração induzindo nosso corpo a se acalmar. Depois do estresse
sofrido, do controle das emoções, conseguimos pensar racionalmente de novo, definir
como reagiremos às situações, e compreender que existem tempestades que algumas
pessoas precisam passar, e você não pode simplesmente carregá-las no colo, no
máximo, talvez emprestar o guarda chuva.
Simplesmente porque as situações que enfrentamos são
lembretes da vida do que a gente ainda precisa entender e aprender para evoluir
e não adianta carregar as pessoas no colo - por mais amor que tenhamos por elas,
porque desta forma só procrastinamos o aprendizado delas, e a vida - my dear
friend - vai aumentando a dificuldade conforme passamos pelos desafios sem
aprender nada. Até o momento que ela nos soca - com força no estômago - e nos
deixe sem ar, e você não vai conseguir revidar, apenas terá capacidade de
esperar recuperar o fôlego e descobrir como vai reagir desta vez.
A vida é um carrossel gigante, ela tem seus altos e
baixos, não importa quanto tempo dure a volta, lembre-se que o carrossel nunca
para de girar.
Mas não se preocupe, no meio do caminho, encontramos
aquelas pessoas que serão como recuperar o fôlego para nós, como se nós estivéssemos
nos afogando e essas pessoas nos salvassem. Elas estenderão não só a mão para
te puxar, elas estenderão o coração e todo o carinho possível, e contra isso não
há problema que resista, não há tristeza que não vá embora. Algumas destas
pessoas são amigos que encontramos pelo caminho, outras são amores, e ainda há
a família.
Eu, como uma moça sortuda que sou, tenho de todos os
tipos, e espero sinceramente que vocês encontrem os de vocês.
Texto inspirado em momentos difíceis,
amizade, amor, família e, claro, seriados (How I Met Your Mother e Grey’s
Anatomy)