sexta-feira, 3 de março de 2017

Das cartas que eu gostaria de te escrever



Porque fazia tempo que não te escrevia e você merece muito mais que palavras escritas às vezes.
Esses dias eu fiquei pensando sobre o que apreendemos em um relacionamento quando dividimos um teto? Desde que decidimos juntar nossas vidas eu me percebo mudando, questionando e amando cada descoberta.
Descobri que aprendemos muito quando decidimos amar de mais pertinho.
Aprendemos que o amor real e o amor romântico são muito diferentes, afinal, “i beg your pardon, i never promised you a rosen garden”, mas que isso só deixa a relação mais forte.
Aprendemos que amar de fato a outra pessoa nunca é nos amar de menos, e que se essa pessoa ama você de verdade ela vai apoiar seus planos, seu crescimento, suas vitórias e mais que isso, ela estará presente nas suas derrotas para segurar a sua mão e as suas lágrimas.
Aprendemos que a gente muda. Não tem dessa de: “Ah, eu não vou mudar”. A gente muda, e muitas vezes mudamos muito. Pra algumas pessoas isso será ótimo, para outras nem tanto. Não mudamos porque o outro exigiu, mudamos porque enxergamos que é necessário amadurecer e que estar junto de alguém torna isso mais prazeroso. Mudamos porque a mudança é a única constante da vida, e por fim, mudamos porque descobrimos que queremos ser melhores, melhores pessoas para nós mesmos e melhores pessoas para o mundo. Acho que o amor é que faz a gente querer ser assim.
Aprendemos que é possível ficar chateado com a outra pessoa e mesmo assim se preocupar se ela está bem, aprendemos que haverá dias em que discordaremos em tudo, mas isso não significa que não respeitamos o espaço do outro, aprendemos a amar o outro em sua totalidade e não apenas as partes que idealizamos. Já dizia Rothfuss “[...] mas amar algo apesar de, conhecer suas falhas e amá-las também, isso é raro, puro e perfeito”.
Amar alguém de verdade passa longe da perfeição do amor romântico, amar alguém de verdade é saber a hora de se dar, a hora de ceder, a hora de colocar a prioridade do outro acima da sua própria, mas isso sem deixar de ser você mesmo, sem deixar se impor nas horas necessárias e sem perder o seu amor próprio.
Se eu soubesse que amar alguém de mais pertinho seria assim eu teria procurado isso a minha vida inteira, não porque me completa, mas sim porque me transborda, porque me faz abrir sorrisos diariamente e me faz querer voltar para o lar todos os dias. Quando descobrimos esses sentimentos compreendemos a frase: lar, doce lar. Todos podem ter uma casa, mas nem todos tem a sorte de encontrar um lar, e você sabe: you are my home.
Que as pessoas possam encontrar a sua resposta pra vida, pro universo e pro tudo mais, que para nós é 42, mas que para mim começou quando eu disse um sim a uma simples pergunta há quase 3 anos atrás.

Que a gente nunca precise de datas para dizer às pessoas que amamos o quanto amamos a vida que temos com elas.

1 comentários:

Rodolpho Padovani disse...

Ouso complementar que outra grande lição que aprendemos é que amar é simples, apesar de várias pessoas quererem complicar o sentimento, é a simplicidade que prevalece quando é sincero e verdadeiro. É simples como um acordar ao seu lado, ver você descabelada e amar cada fio emaranhado; é deixar você dormindo enquanto preparo a janta; é conhecer a bagunça do outro e juntar com a sua em vez de organizar tudo; é esperar para ver o episódio novo junto (de algumas séries, é claro, tudo tem limites, hahaha).
E é com essa simplicidade que as mudanças vão ocorrendo naturalmente, porque afinal muitas vezes elas são necessárias, não para o outro se sentir bem ao seu lado, mas para que todo o sentimento dado seja merecido e recíproco, mudar é doar-se aos poucos e compreender que são melhorias na vida no singular e no plural.
Que a gente ainda possa aprender muito mais coisas juntos, que você me ensine e que eu possa te ensinar também; que a cumplicidade esteja sempre guiando nossas escolhas e que seja lindo, como já é agora.

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